Neste ano a Mercedes esta comemorando 60 anos da dobradinha do modelo 300 SL na corrida Panamericana. Só para lembrar, o modelo 300 SL também venceu em Le Mans, Nürburgring e em Berna no ano de 1952.
Na época, a prova mexicana era considerada uma das mais duras do mundo. Disputada em estrada aberta nas montanhas do México, era feita quase toda a altitudes superiores a 2000 metros e os acidentes aconteciam com certa regularidade.
A Mercedes preparou três 300 SL, preparando a regulagem dos carburadores para as altas altitudes e aumentar a potência para conseguir 180 cv. Como os carros alemães foram dos primeiros a partir, não tiveram grandes problemas com o desgaste da pista.
A largada aconteceu no dia 19 de novembro de 1952 e a primeira etapa ligou Tuxtla a Oaxaca, com uma distância de 530 quilômetros. E foi logo no primeiro dia que aconteceu um dos mais famosos momentos da Mercedes, quando o 300 SL pilotado por Karl Kling colidiu com um abutre.
Kling estava a mais de 200 km/h quando abutre se chocou contra o para-brisa. Seu copiloto, Hans Klenk, acabou ferido no acidente. O copiloto ficou inconsciente durante algum tempo, mas o piloto da Mercedes conseguiu acordá-lo depois.
Depois de recuperar os sentidos, Klenk pediu que continuassem na corrida. A dupla conseguiu terminar a etapa em terceiro lugar, apesar do acidente. Durante a parada, o veículo foi equipado com um para-brisas novo, com quatro barras de metal verticais de cada lado.
No 23 de novembro e após oito alucinantes e desgastantes etapas, Kling e Klenk cruzaram a linha de chegada em Ciudad Juárez, com um tempo de 18 horas, 51 minutos e 19 segundos. Hermann Lang e Erwin Grupp terminaram em segundo, 35 minutos atrás da dupla vencedora.
Hoje o carro se encontra no Museu da Mercedes.